Tudo escoa
a relação com o tempo na Modernidade e uma possível sintomatologia dos tempos pandêmicos
DOI:
https://doi.org/10.36592/opiniaofilosofica.v12.1015Palavras-chave:
Tempo, Modernidade, Pandemia de COVID-19, Esgotamento, TecnopolíticasResumo
RESUMO: Neste artigo, nosso problema se liga à relação do homem com o tempo na Modernidade segundo esboçaram Lima Vaz, Beckett, Rosa, Han, Souza e Bauman. A partir deles, temos como objetivo geral mapear sintomas patológicos desse vínculo durante pandemia de COVID-19. Nosso método de pesquisa é analítico-descritivo de maneira crítica. Como resultados, exploramos a noção do tempo como central para elucidação de problemas filosóficos da contemporaneidade, tais quais a imanentização e o peso ontológico dado à existência. Com o dramaturgo irlandês, tocamos no escoamento do tempo e das desilusões metafísico-religiosas do homem atual. Em contexto de aceleração da técnica e da intensificação de tecnopolíticas, examinamos o esgotamento e o esvaziamento sentidos na Modernidade e, de modo especial, durante o isolamento social. Por sua vez, com o auxílio do sociólogo polonês, olhamos para a contraposição entre o mundo sólido e nosso mundo líquido, bem como seus impactos sobre as relações humanas. Já em nossas considerações finais, propomos ainda um retorno à admiração e ao espanto, em termos aristotélicos, como fármaco contra o tédio e a angústia niilistas que assolam nossa vida corrente.
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