Uma Progressão Lógico-Histórica para a Ideia de Identidade de Gênero

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36592/opiniaofilosofica.v13.1079

Palavras-chave:

Identidade de gênero, Matriz de identidade de gênero, Análise lógico-histórica

Resumo

Este artigo constitui um exercício de aplicação de uma particular interpretação do método hegeliano de análise histórica à ideia de identidade de gênero. Ele mostra que a sequência de quatro ideias de identidade de gênero (a ideia binária, a ideia quaternária, uma ideia multiária derivada dos trabalhos de Carl Jung e a ideia de Judith Butler) pode ser compreendida como constituindo uma progressão lógico-histórica, no sentido hegeliano do termo, com a configuração de tal progressão sendo orientada por um conceito lógico estruturador dada pelas duas formas do conceito lógico de fundamento (fundamento condicionado e fundamento incondicionado), tal como Hegel as expôs na Ciência da Lógica. As quatro ideias de identidade de gênero são comparadas relativamente a diversos aspectos: (i) dependência do binarismo biológico; (ii) binariedade/não-binariedade, polarização/não-polarização, finitude/infinitude e discrição/continuidade do espaço de identidades que cada uma delas constitui; (iii) caráter de expressividade/performatividade das identidades; (iv) fixidez/variabilidade destas. Ao final, o artigo considera um conceito adicional: o conceito de drama social, proposto por Victor Turner, é mostrado ser um conceito capaz de caracterizar o operador de transição da progressão lógico-histórica definida neste artigo.

Biografia do Autor

  • Antônio C R Costa, PUCRS/PPGFil

    Doutor em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, RS, Brasil; doutorando em Filosofia pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande  do  Sul  (PUCRS).

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Publicado

2022-12-16

Como Citar

Uma Progressão Lógico-Histórica para a Ideia de Identidade de Gênero. (2022). Revista Opinião Filosófica, 13(2), 1-24. https://doi.org/10.36592/opiniaofilosofica.v13.1079