2º Capítulo

A medida real, Item A: A relação de medidas autossubsistentesGrupo de Porto Alegre

Resumo

A autossubsistência da medida, como uma categoria lógica, opera independentemente de determinações externas, gerando seus próprios critérios sem depender de parâmetros externos. Essa autonomia não a isola das relações, mas, ao contrário, as engendra, formando um todo relacional unificado. Cada medida, como uma teia de relações, também mantém sua autonomia, com a crescente independência fomentando mais relações e mais autonomia. A medida real é autossubsistente e se relaciona externamente com outras, gerando novas relações por meio de sua determinação específica em uma série. Ela mantém suas diferenças em relação às outras, progredindo quantitativamente, enquanto qualitativamente é interrompida por pontos autossubsistentes específicos. A medida sem medida representa uma relação negativa dentro de si mesma, como observado nas mudanças de estado (por exemplo, água). Medidas autossubsistentes, embora inicialmente externas, estabelecem combinações (por exemplo, peso e volume) em termos qualitativos e quantitativos, e em interações (por exemplo, mistura de metais com diferentes gravidades específicas). A "afinidade" emerge como uma forma relacional neutra, muitas vezes semelhante a reações químicas ou harmonias musicais, representando interações seletivas. Em última análise, a determinação da medida envolve encontrar quantas neutralizadoras que conectem vários momentos, mostrando uma progressão dialética da imediata exterioridade, passando pela relacionalidade, até a afinidade eletiva. A autossubsistência da medida destaca sua autonomia, ao mesmo tempo que permite relações complexas e dinâmicas.