A Crítica da Economia Política e a Nova Dialética: Marx, Hegel e o Problema da Tese da Homologia de Christopher J. Arthur

Authors

  • Elena Louisa Lange Autor

Abstract

Nos últimos anos, a Nova Dialética de Christopher J. Arthur tem tido um forte impacto sobre os estudos de Marx no mundo anglófono, destacando a correlação da dialética sistemática de Hegel (não histórica) com a obra central de Marx, O Capital, e, especialmente, na teoria de Marx da forma de valor. Ele afirma que as categorias da Lógica de Hegel e aquelas do início de O Capital de Marx mostram uma homologia impressionante [...] à luz de algum trabalho de reconstrução menor. (Arthur, 2004, p. 4). Este ensaio critica a leitura de Arthur de Marx e, especialmente, de Hegel contra o background das importantes contribuições para os estudos de Hegel das últimas décadas. Estes estudos foram pioneiros na teoria da dialética e na teoria das categorias, na sistematização da estrutura antinômica do conceito e o problema do pressuposto semântico-pragmático (semantisch-pragmatischer Präsuppositionsbegriff) da exposição científica. Não obstante o seu caráter fundamental para um tratamento erudito e para a compreensão da dialética de Hegel, essas abordagens estão ausentes na intervenção de Arthur. Isto, como será mostrado, tem graves consequências para 1) a leitura de Arthur da Lógica de Hegel, 2) a aplicação de Arthur da dialética de Hegel para a apresentação da forma de valor de Marx e 3) a suprassunção de Marx em Hegel desenvolvida por Arthur. Será argumentado que o não-reconhecimento de Arthur do método dialético de Hegel também afeta negativamente o entendimento de Arthur do escopo e intenção do projeto crítico de Marx, especialmente a necessária relação interna entre trabalho abstrato, valor e dinheiro no início de O Capital vol. 1.

Published

2017-02-25

How to Cite

A Crítica da Economia Política e a Nova Dialética: Marx, Hegel e o Problema da Tese da Homologia de Christopher J. Arthur. (2017). Revista Opinião Filosófica, 7(1). https://opiniaofilosofica.org/index.php/opiniaofilosofica/article/view/647