2º Capítulo
A Medida Real - Itens B e C - Grupo Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.36592/opiniaofilosofica.v15n3.1186Palabras clave:
Hegel, Ciência da Lógica. Filosofia Primeira. Hegel, sem medida, ponto nodalResumen
Hegel destaca a originalidade de sua categoria de medida, superando Kant e Aristóteles, que não a conceberam em seus sistemas. A medida hegeliana vai além da mera relação quantitativa, sendo fundamental para compreender fenômenos físicos e químicos, diferentemente da visão kantiana da modalidade. O ponto nodal é o momento em que uma mudança quantitativa gera uma mudança qualitativa. Hegel explica que, em determinados pontos, a variação na quantidade de uma coisa (como calor, no caso da água) faz com que ela mude de qualidade, sem interação externa. Por exemplo, a água ao atingir 0°C se transforma em gelo. Esse salto qualitativo não é gradual, mas uma transição brusca, chamada de "salto". A mesma lógica aplica-se a diferentes áreas, como matemática (os números em uma sequência formam relações qualitativas, como múltiplos) e música (harmonias emergem de intervalos específicos entre notas). O sem medida é uma superação dialética da medida. Hegel descreve o "sem medida" como uma forma de infinito dentro da categoria de medida, onde a própria medida perde sua determinação. Ele não implica ausência de medida, mas sim a impossibilidade de mensurá-la em certos casos, como o fenômeno da transformação de estados da matéria (água solidificando ou evaporando). O sem medida representa a ultrapassagem dos limites quantitativos, resultando em uma ruptura qualitativa. Esses conceitos mostram como Hegel vê a realidade como um processo dialético, onde quantidade e qualidade interagem, levando a saltos qualitativos cruciais.
Referencias
BAVARESCO, Agemir. 8 Leituras da Lógica de Hegel (2024), a partir do minuto 56. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=qsFR6NErPo8
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