O princípio de não contradição

princípio ontológico, ôntico e gnosiológico do ser

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36592/opiniaofilosofica.v15n2.1078

Palavras-chave:

Princípio de não contradição, Ser, Ente, Identidade, Terceiro excluído

Resumo

É comum ter uma noção diminuta do princípio de não contradição, uma vez que normalmente ele é posto apenas como um princípio lógico, mas ele é antes de tudo um princípio ontológico, ele é a própria manifestação ulterior do ser. Com efeito, ele nos ajudará responder a pergunta central, como o ser se manifesta na multiplicidade dos entes? Deste modo, é sobretudo necessário apresentar a manifestação do ser por meio de seu princípio ontológico nos planos ontológico, ôntico e gnosiológico do real. A partir disso, esclarecer a impossibilidade de demonstração do princípio de não contradição, e como isso leva ao princípio do terceiro excluído; explicar o princípio de identidade como síntese e afirmação do pensamento, estabelecendo a coincidência entre ser e pensar; e também relacionar o princípio de não contradição com a predicação semântica essencial e acidental. Para isso, é utilizada uma abordagem qualitativa com um caráter bibliográfico de natureza descritiva, fazendo uso da análise doutrinal. Como resultado, é perceptível a presença de um mesmo princípio nos entes de todas as naturezas. Concluindo que o ser, mediante o princípio de não contradição, se manifesta na multiplicidade dos entes.

Biografia do Autor

  • João Paulo Lima, IESMA

    Licenciado em Filosofia no Instituto de Estudos Superiores do Maranhão. Atualmente é mestrando em Educação na Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Atua como professor de Filosofia do ensino básico no Colégio Laboro em São Luís do Maranhão.

  • Claudinei Reis Pereira

    Doutor em Filosofia na Universidade Federal do Espírito Santo - UFES

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Publicado

2024-09-25

Como Citar

O princípio de não contradição: princípio ontológico, ôntico e gnosiológico do ser. (2024). Revista Opinião Filosófica, 15(2), 1-13. https://doi.org/10.36592/opiniaofilosofica.v15n2.1078